Impressões Jeep Wrangler 4xe: cachorro velho, truques novos

Quando as pessoas pensam no Texas, elas imaginam botas de cowboy, rodeios, música country e futebol. Mas a noroeste de Austin, surpreendentes placas de granito se impõem no caminho, adequadas para nossos amigos do Motor1.com Estados Unidos darem uma volta no novo Jeep Wrangler 4xe, a primeira versão Hibrida plug-in do modelo que é baseado na tradição off-road.

A Jeep e sua distinta grade de sete divisões já existe há 80 anos, e a marca está abrindo caminho para a era da eletrificação com mais este pequeno passo. Me refiro como pequeno porque embora seja elogiável ver um Wrangler com dois motores elétricos e capacidade ‘creeping’, podendo rodar quase silenciosamente em um trecho off-road, há apenas 34 km de autonomia no modo elétrico.

Isso abrirá a porta para um passo maior e, eventualmente, tenho certeza, para um Wrangler totalmente elétrico de produção. O conceito Magneto que estreou no Easter Jeep Safari foi apenas uma amostra do que vem por aí. Caramba, se o Hummer pode se tornar um veículo elétrico, o que dizer de um Jeep menor e mais ágil.

Fotos

Como anda?

Passei várias horas agradáveis ao volante do 4xe entre Austin e um trecho off-road particular nos arredores de Llano, Texas. Choveu em todo o caminho, e o Wrangler Rubicon 4xe se mostrou capaz e familiar, aderindo bem à estrada com pneus BF Goodrich KO2 todo-terreno de série de acordo com as especificações on-road.

Antes de deixar o ponto de partida, a equipe da Jeep me instruiu a testá-lo em modo totalmente elétrico enquanto eu rodava do centro da cidade até a rodovia para sentir melhor o desempenho do motor duplo. Pisei no acelerador, testando o torque, e achei satisfatório, mas sem a emoção de um 100% elétrico. O 4xe brilha em situações de baixo giro, mas o torque abundante não está lá por uma questão de rapidez.

O 4xe brilha em situações de baixo giro, mas o torque abundante não está lá por uma questão de rapidez.

Quando cheguei ao ponto de parada no Inks Ranch, onde uma equipe de guias da Jeep Jamboree nos aguardava, o céu clareou e a umidade dissipou. Foi ótimo para secar a pista, mas menos vantajoso para dirigir, pois a umidade mais alta deixava o piso liso e transformava o granito escarpado em camadas de lama escorregadia.

Depois de fazer a troca para pneus mais macios, o guia da Jeep Jamboree, Shawn Gulling, me conduziu por estradas de terra sinuosas até o primeiro obstáculo, uma curta subida de rocha com uma passagem de água. A Jeep ​​classifica o 4xe para até 75 cm de água e, embora eu não tivesse com minha régua enquanto atravessava, o Wrangler parecia bem perto do limite enquanto concluía o trecho.

Como qualquer outro Wrangler habilitado para a trilha, os engenheiros vedaram as partes sensíveis, incluindo os componentes eletrônicos de alta tensão, em uma caixa de alumínio à prova d’água. Sob o banco traseiro redesenhado, a caixa da bateria e a fiação permanecem confortáveis ​​e secas, mesmo quando completamente submersas; esse é um recurso crítico se você quiser manter seu 4xe funcionando. A bateria de 400 volts e 17 kWh também tem um circuito dedicado de aquecimento e refrigeração, que atenua o calor extremo do Texas ou o frio intenso de Michigan. Além disso, um resfriador canaliza o refrigerante do ar condicionado e o utiliza para manter a bateria resfriada.

Depois da travessia da água, os voluntários do Jeep Jamboree me guiaram por uma laje retorcida com um obstáculo na descida. Assim que cheguei ao topo, o assoalho do SUV raspou nas pedras ruidosamente, anunciando sua desaprovação, mas segundo em frente com propulsão totalmente elétrica.

As rodas giraram e se debateram em uma junção até que virei um pouco e pisei levemente no pedal; aparentemente saí com facilidade e me preparei para fazer a curva antes da descida. Afinal, a trilha no Inks Ranch está classificada entre o nível oito e o nove, que o membro do Jeep Jamboree descreve como “A probabilidade de ficar preso é alta. Os buracos na lama podem ser profundos e a escalada em rocha é mais difícil. Requer [tração nas quatro rodas] com [reduzida].”

Por um momento, balancei sobre duas rodas e prendi a respiração, a decisão entre lutar ou fugir ativando meu sistema nervoso. Se eu estivesse dirigindo sozinho, não teria superado um obstáculo daquela dificuldade, mas confiei na equipe do Jeep Jamboree no local para me guiar. Integrado ao conjunto de instrumentos totalmente novo está a guia off-road familiar para monitorar o balanço e a rolagem, o que pode ser reconfortante quando você tem certeza de que está prestes a cair.

“Você está indo bem”, um deles me tranquilizou enquanto eu expressava alguma preocupação em derrubar o 4xe como um brinquedo. “O ângulo parece mais extremo do que realmente é.”

Mudanças na Estrutura

Por baixo, o 4xe tem eixos dianteiros e traseiros sólidos, um sistema de tração nas quatro rodas em tempo integral e uma caixa de transferência de duas velocidades. O ângulo de breakover no Rubicon 4xe é de 22,5 graus em relação ao Rubicon a gás de 22,6. Os ângulos de aproximação são semelhantes em 43,8 e 43,9 graus, respectivamente.

O executivo de marca, Brandon Girmus, disse ao nosso grupo que os engenheiros prestaram muita atenção aos ângulos de quebra e moveram o centro de gravidade para trás e para baixo para compensar a montagem da bateria. E então eles avaliaram o 4xe extensivamente, colocando mais de 3 milhões de quilômetros de validação de confiabilidade e testes em locais em todo o mundo.

Por baixo, o 4xe tem eixos dianteiros e traseiros sólidos, um sistema de tração nas quatro rodas em tempo integral e uma caixa de transferência de duas velocidades.

O Wrangler 4xe usa eixos Dana 44 na parte dianteira e traseira, um sistema de desconexão de barra oscilante eletrônica e amortecedores monotubos carregados a gás de alta pressão. Levante o capô e você verá que o modelo híbrido plug-in está equipado com um motor turbo de 2,0 litros 4-cilindros, dois motores elétricos (um grande acoplado à caixa de câmbio e uma unidade menor compartilhada com o trem de força híbrido moderado eTorque da Ram) e transmissão automática de oito velocidades. A Jeep promete consumo equivalente a 20 km/l e recomenda gasolina de 91 octanas ou mais para a melhor eficiência e desempenho.

Você até pode dirigir o 4xe com um pedal, mas a Jeep não chega a usar a frase “dirigindo com um pedal”, porque o Wrangler só para quando você pressiona o pedal do freio. Escolher o modo de regeneração máximo com a condução híbrida envolve a recuperação de energia sem usar o freio, e as luzes de freios alertam os motoristas que vêm atrás conforme você desacelera, mesmo que não pise no freio.

A Jeep nos informou que o volume de carga é quase o mesmo para um 4xe e para um Wrangler movido a gasolina, na verdade é uma perda líquida de quatro 113 litros com os dois assentos levantados e 140 litros com o banco traseiro rebatido.

A marca começou a codificar por cores seus modelos entusiastas, reservando detalhes em vermelho para os Trailhawks e Rubicon, laranja para o Gladiator Mojave que roda pelo deserto e agora, azul para o Wrangler 4xe. Costura azul brilhante na cabine e ganchos de reboque no exterior facilitam a distinção entre o Jeep plug-in e um Wrangler padrão.

Quanto custa?

O 4xe está disponível a partir de US$ 47.995 (R$ 258.000) para uma versão Sahara, US$ 51.683 (R$ 278.000) para um Rubicon e US$ 53.570 (R$ 288.000) para uma variante topo de linha com todos os mimos possíveis. São milhares de dólares a mais em comparação com o Wrangler padrão equivalente, mas quando você considera o crédito de imposto federal de US$ 7.500 (R$ 40.300) nos Estados Unidos, a diferença de preço do 4xe não é tão alta considerando sua potência adicional e a autonomia totalmente elétrica.

Enquanto o Jeep Wrangler 392 trouxe mais barulho para nossas vidas e em rotas off-road, o 4xe equilibra o universo com um zumbido suave. Para quem procura um pouco de eletrificação, o 4xe representa um passo na direção que se deseja seguir. Ei, você ouviu isso? É o som de um cachorro velho aprendendo novos truques.