O capacete é a peça mais fundamental para a segurança de qualquer motociclista. Ele impede que impactos em quedas causem lesões ao crânio e ao cérebro do piloto. Mas, para oferecer um bom nível de proteção, alguns capacetes são caros e, por serem desenvolvidos em países mais ricos, não são adequados para o uso em climas tropicais em termos de conforto.
A FIA, a federação internacional do automobilismo, atualmente é responsável por definir parâmetros mínimos de segurança para os capacetes utilizados em competições, incluindo os da Fórmula 1. Enquanto ela não costuma se envolver com aspectos mais “mundanos”, em julho de 2020, anunciou um plano ambicioso para criar um modelo de capacete de baixo custo.
A ideia era tornar o equipamento de segurança mais acessível nos países onde o preço é o principal empecilho para a aquisição de um capacete, como os de clima tropical. Então, ele precisaria ter uma boa ventilação e capaz de ser confortável em climas quentes e úmidos sem perder em nada na questão de segurança. Segundo a FIA, 80% dos motociclistas pilotam sob tais condições em países da África, Ásia e América Latina.
Os parâmetros para tal capacete, definidos pela FIA, eram: atender aos padrões de segurança ECE 22.05 (um dos mais restritos atualmente), ser confortável em climas tropicais e, mais importante, não custar mais que US$ 10, ou cerca de R$ 54 na conversão direta atual. A maior parte dos capacetes capazes de atender às regras ECE 22.05 atuais são caros, grandes e pensados para climas mais frios.
No início e novembro, a FIA revelou o capacete e utilizou os pilotos da F1 no GP do México como garotos-propaganda. O produto final foi construído pela empresa espanhola NZI, responsável pelo design do capacete aberto. Ele é pequeno e, somente com uma meia viseira na frente, parece ser bem arejado. Na ocasião da apresentação, cada piloto fez uma pintura para o capacete.
Ainda não há previsão para comercialização dos capacetes em todos os países. E antes de se reclamar que um capacete aberto é menos seguro que um fechado, vale lembrar que, em muitos países, as autoridades ainda lutam para que os motociclistas usem qualquer tipo de capacete. No GP do México, a Keep Fighting Foundation, instituto criado pela família de Michael Schumacher, doou 2.600 capacetes para ajudar no esforço em prol da segurança dos motociclistas.
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