O QUE VALE MAIS A PENA: COMPRAR UM CARRO SEMINOVO OU UM ZERO QUILÔMETRO?
03/10/2020 Blog
Se você está pensando em adquirir um automóvel, é bem provável que tenha se perguntado o que vale mais a pena: comprar um carro seminovo, um usado ou um zero quilômetro? A boa notícia é que, com a enorme variedade de modelos existentes nas revendedoras, dá para encontrar veículos para todo tipo de gosto e até de bolso!
De toda forma, saiba: fazer a escolha certa na hora de comprar o tão sonhado automóvel requer alguns cuidados. Só assim a aquisição realmente atenderá às necessidades do motorista, não se transformando em motivo de uma dor de cabeça no futuro.
Lembre-se de que errar nessa decisão pode representar não só prejuízo financeiro como também desconforto e até restrição a algumas atividades, como realizar uma viagem mais longa. Por tudo isso e muito mais, é importantíssimo fazer uma escolha embasada!
Para ajudá-lo no processo de escolha do seu novo veículo, resolvemos apresentar aqui algumas dicas valiosíssimas sobre como comprar um carro seminovo, usado ou zero quilômetro. Confira!
Qual a diferença entre seminovo, usado e zero quilômetro?
Considerando que você já decidiu que quer comprar um carro, o que vem agora? Quais são os próximos passos? Pois um fator indispensável nessa fase inicial é definir o tipo de automóvel que quer adquirir e o valor que pretende desembolsar por esse bem.
E atenção: muita gente não sabe, mas existem diferenças entre carros usados e seminovos, viu? É necessário entender essa distinção para pesquisar os preços corretamente e não se ter suas expectativas frustradas.
Ao conhecer o que cada veículo oferece, você consegue fazer uma escolha adequada não só a seu próprio perfil, mas também às necessidades da família toda. Assim fica mais fácil aproveitar os benefícios de cada modelo e diminuir eventuais desvantagens.
Mas o que exatamente diferencia essas 3 principais categorias de veículo? É o que você vai descobrir a partir de agora!
O que é um carro zero quilômetro?
Talvez esse seja o tipo de veículo sobre o qual não há qualquer dúvida, não é mesmo? Afinal, um automóvel zero quilômetro é um carro novinho, acabado de sair da fábrica. Por ainda não ter rodado, ele preserva todas as suas características originais — inclusive aquele famoso cheirinho de veículo zero!
O automóvel novo tem como grande vantagem o fato de seus componentes não terem sofrido qualquer desgaste. O motorista pode, assim, rodar tranquilo, sem se preocupar com defeitos prévios. Além do mais, o veículo zero quilômetro tem garantia da montadora, o que oferece ainda mais segurança na compra.
Justificando essas qualidades, o preço dos carros novos é sempre mais alto em comparação ao valor pago por automóveis seminovos ou usados. Mesmo assim, muitos motoristas preferem adquirir veículos de fábrica, seja pela estética do bem, sem nenhum arranhão sequer, ou pela certeza a respeito do seu estado de conservação.
Na prática, tal escolha significa que dificilmente o motorista terá que ir à oficina nos primeiros meses de uso devido a alguma pane. Mas isso não o libera de realizar as revisões obrigatórias para manter as condições da garantia, ok? Por isso, é importante escolher uma concessionária eficiente, que preste serviços de qualidade e atenda adequadamente às necessidades dos clientes.
Como ponto negativo, o automóvel zero quilômetro sofre depreciação rápida, que pode chegar a quase ¼ do preço de venda do veículo ainda nos 2 anos iniciais de uso. Dessa forma, se você paga 40 mil reais em um carro popular e resolve vendê-lo 2 anos depois, provavelmente só conseguirá ofertas por volta de 30 mil.
É claro que a avaliação de preço varia de acordo com o estado de cada veículo. Afinal, vários aspectos podem influenciar nessa percepção, como tipo de uso, quilometragem rodada, estacionamento ou não em garagens durante a maior parte do tempo e assim por diante. De toda maneira, é fato: a depreciação costuma chegar com tudo!
Para você ter uma ideia de quanto é a depreciação média de cada modelo, consulte a tabela FIPE, que é divulgada mensalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas de São Paulo. Com esse indicador, o proprietário consegue ter uma boa noção da evolução da queda de preço ao longo do tempo.
O que é um carro seminovo?
Você já parou para pensar sobre qual é uma boa quilometragem para um seminovo? O surgimento dessa dúvida é mais que natural ao cogitar a aquisição de um veículo de segunda mão. Mas não é só a quilometragem que define se o carro é seminovo ou não. E muita gente até comete erros ao comprar o primeiro carro por não saber essa diferença.
Entenda desde já: no mercado automotivo, existe quase uma convenção que diz que os veículos seminovos são aqueles que têm até 3 anos de uso, um único dono e uma média que varia entre 15 e 20 mil quilômetros rodados por ano.
Esse tipo de automóvel geralmente é vendido por quem não se preocupa tanto com o momento ideal para trocar de carro, preferindo substituir o modelo periodicamente para ter sempre à disposição um veículo atualizado com as novas tecnologias.
Esse perfil de motorista não costuma ficar muito tempo com um automóvel, já que normalmente usa o seminovo para dar entrada na compra de um zero quilômetro. Abrem-se, assim, muitas oportunidades de negociação nas revendedoras para quem quer adquirir um veículo de segunda mão.
Uma das principais vantagens desses carros é que eles já sofreram o processo mais acelerado da depreciação, que acontece nos anos inicias de uso. Dessa forma, quem adquire um veículo seminovo já o encontra com um preço mais ajustado ao mercado.
Conforme o caso, é possível que o automóvel de segunda mão ainda tenha a garantia de fábrica. Para isso, no entanto, o antigo dono precisa ter feito todas as revisões obrigatórias. Ainda assim, em uma revendedora de confiança, geralmente é oferecida uma espécie de selo de procedência, o que proporciona maior segurança à negociação.
Quem pensa em comprar um carro seminovo sem entrada pode encontrar no consórcio uma forma mais acessível de adquirir um veículo nessas condições. Embora não receba o bem imediatamente, o consorciado não precisa desembolsar uma quantia significativa de uma só vez, o que pode impactar bastante no orçamento da casa.
Vale ressaltar que quem opta por um financiamento costuma precisar dar uma entrada, em geral em torno de ⅓ do valor de compra, isso sem falar nos juros embutidos na transação, que podem representar um grande acréscimo ao montante final.
O consórcio, por sua vez, não cobra juros, mas apenas uma taxa de administração que serve para dar maior segurança aos participantes, proporcionando uma gestão profissional. Sem entrada, sem burocracias e sem juros: o consórcio parece ser uma ótima pedida, não acha?
O que é um carro usado?
Quem está em busca de um carro mais barato tem nos veículos usados uma oportunidade e tanto. Por exclusão, você já consegue imaginar que os automóveis usados são aqueles que têm mais de 3 anos de uso. Mas não estamos falando dos clássicos! Com mais de 30 anos de estrada, esses modelos geralmente são mais caros que os usados e, em alguns casos, custam até mais que muitos veículos novinhos!
Via de regra, quem busca um automóvel usado prioriza o fator preço e tolera eventuais arranhões e até o desgaste de algumas peças. Ainda assim, como o leque de veículos que já perderam o status de seminovos é muito grande, o comprador deve ficar atento para não comprar gato por lebre!
Uma vez que no rol de carros usados é possível encontrar desde automóveis bem conservados, que tiveram único dono, até aqueles que sofreram batidas e já foram transferidos de motorista diversas vezes, o interessado na aquisição precisa fazer um diagnóstico cuidadoso para se certificar da procedência do bem.
No fim das contas, o que compensa mais?
Agora que você já conhece as principais características dos carros novos e usados, além de saber o que diferencia os seminovos, deve estar em dúvida sobre qual categoria escolher, não é mesmo? Pois a resposta para essa questão depende de diversos fatores, como as necessidades da família, a perspectiva de uma futura troca e por aí vai.
Para ajudá-lo a tomar uma decisão fundamentada, listamos a seguir diversos critérios que você deve analisar na hora de comprar um carro seminovo, um usado ou um zero quilômetro. Acompanhe!
Valorização
Seja devido a seu desgaste natural ou ao surgimento de modelos mais modernos, o automóvel tende a sofrer depreciação ao longo do tempo simplesmente por ser um bem de consumo.
Se pretende comprar um carro novo, você deve ter consciência de que ele sofrerá uma significativa queda de preço logo nos anos iniciais de uso. Por isso, antes de sequer pensar em um zero quilômetro, avalie se pretende ficar muito tempo com esse modelo para concluir se realmente compensa arcar com a depreciação.
Note que, caso a aquisição seja por meio de financiamento, o risco de uma perda se torna maior ao pensar a longo prazo. Afinal, a queda de preço natural do bem acaba sendo somada aos juros dessa modalidade de compra. Pode ser mais vantajoso, assim, fazer um consórcio de carro novo para evitar o pagamento de juros excessivos e, dessa forma, economizar na aquisição.
Se você não valoriza tanto o fato de o veículo ser zero quilômetro, mas prioriza ter um automóvel confortável e ainda com bastante lenha para queimar, pode ser vantajoso comprar um carro seminovo. Como o preço pago por esse bem já sofreu um ajuste considerável no mercado, a aquisição terá uma melhor relação entre custo e benefício.
Caso você tenha a intenção de lucrar mais tarde com uma eventual revenda, é bom cuidar bastante do veículo para que ele preserve suas características originais. No caso de um seminovo, não é possível garantir o zelo do antigo proprietário em relação à manutenção do carro. Por isso, é difícil assegurar que você conseguirá obter valorização em um carro de segunda mão.
Preço
No que se refere ao quesito preço, há pouca margem para discussão. Afinal, os veículos zero quilômetro geralmente são mais caros que os seminovos e os usados. Ainda assim, a escolha do carro mais adequado dependerá do gosto e das necessidades do futuro comprador.
Um veículo novo com motor 1.0, por exemplo, provavelmente custará menos que um utilitário esportivo ou um sedan médio seminovo ou até usado. Dessa forma, quem tem o objetivo de adquirir um veículo mais sofisticado, mas não tem condições financeiras de comprá-lo zero, pode optar por um modelo de segunda mão.
No entanto, por mais que os automóveis novos normalmente tenham preço superior aos seminovos ou usados, vale lembrar que a compra à vista (por meio da carta de crédito de um consórcio, por exemplo) pode proporcionar descontos significativos, diminuindo o custo total.
Ainda com relação ao preço, é importante que você não decida pela compra com base exclusivamente nesse quesito, pois poderá ter dores de cabeça mais tarde. Para você ter uma ideia, quando uma montadora chega ao país, costuma até ser competitiva em termos de valores dos veículos. Por outro lado, a tendência é que não disponha de uma rede de reposição de peças, o que encarece a manutenção mais tarde.
Adicionais
O que é melhor: adquirir a versão de entrada de um carro zero quilômetro, sem muitos acessórios, ou comprar um carro seminovo com vários adicionais? A escolha depende de quanto a pessoa está disposta a pagar por esse pacote de comodidades e do que ela de fato considera como necessário em um carro.
No caso dos veículos zero quilômetro, a grande vantagem é que o consumidor pode optar pelos acessórios que mais valoriza, como sensores de estacionamento, centrais multimídia, bancos de couro e assim por diante. Em alguns casos, existe até a possibilidade de personalizar o modelo, fazendo com que se encaixe perfeitamente no gosto do freguês.
Já quem pretende comprar um carro seminovo nem sempre pode escolher os acessórios, uma vez que pega o veículo pronto. Embora seja possível fazer alterações mais tarde, é bom lembrar que tais mudanças necessariamente significam gastos.
Seguro
Seja no meio urbano ou no rural, se você dirige todo dia ou só aos finais de semana, se percorre caminhos longos ou curtos, é sempre recomendável contar com algum tipo de proteção contra roubos, furtos, incêndios e acidentes. Nesse sentido, contratar um seguro auto deve ser prioridade.
Na prática, porém, por mais que a maioria dos condutores reconheça essa necessidade, muitos não têm condições de arcar com uma proteção completa e regular. Por esse motivo, o valor do seguro é um dos fatores que deve ser considerado desde o começo, ainda na escolha do veículo.
Mesmo que o fato de o carro ser novo, seminovo ou usado interfira em quanto é pago pelo seguro, é importante salientar: o montante cobrado por essa proteção engloba vários fatores. Aí entram a idade e o perfil do motorista, os trajetos habituais, o endereço de moradia, o histórico do condutor e até a atratividade do veículo para os criminosos.
No caso dos seguros para carros usados, vale lembrar que geralmente são estabelecidos limites de idade, podendo ir de 10 a 15 anos de uso. Em certas ocasiões (quando o modelo já saiu de linha, por exemplo), existe até a possibilidade de a seguradora recusar a oferta do serviço, uma vez que o custo de reposição de peças não compensa a operação.
Manutenção
Não tem como fugir: o estado de conservação de um veículo cai bastante com o próprio uso e também com o passar do tempo. Aí surge mais uma vantagem da aquisição de um automóvel zero quilômetro: ele vai demorar mais para dar sinais de desgaste, sendo possível, assim, economizar nas revisões periódicas.
Na hora de escolher o carro novo, portanto, é bom checar se o custo de manutenção caberá no seu orçamento mensal. Muita gente só avalia o preço do automóvel em si, esquecendo das paradas na oficina. Para você ter uma ideia, o reparo de uma simples peça de um veículo de luxo pode equivaler a ⅕ ou até mais do preço de um carro popular!
Já quem vai comprar um carro seminovo precisa escolher bem o modelo para não estar com o automóvel em mãos justamente naquela época em que é necessário trocar várias peças — como bateria, pneus e amortecedores, entre outras. Nesse caso, se a aquisição for feita em uma revendedora que oferece procedência e garantia para motor e câmbio, como é de costume, o proprietário pode até ficar mais tranquilo quanto à manutenção.
Ainda em relação aos carros de segunda mão, é importante checar se existe uma rede de assistência técnica da montadora por perto e se é fácil encontrar peças de reposição no mercado. Caso contrário, os reparos podem sair caros demais, fazendo a compra do seminovo não compensar.
Afinal, como comprar um carro?
Depois de escolher entre comprar um carro seminovo, um zero quilômetro ou um usado, é hora de pensar na forma de pagamento. A boa notícia é que existem várias maneiras de se obter um automóvel, com condições que atendem às necessidades dos mais diversos perfis de consumidores.
Em princípio, a melhor opção seria adquirir o carro à vista. Contudo, as famílias brasileiras raramente possuem recursos financeiros suficientes para adquirir, de uma só vez, um veículo. Para agilizar a posse do bem, a tendência é partir para uma alternativa que parece muito atrativa em um primeiro momento, mas que pode esconder algumas armadilhas: o financiamento.
Nesse caso, depois de dar uma entrada, o consumidor se compromete a pagar o restante do valor do bem ao longo de determinado período, mas com juros. O problema desse tipo de aquisição é que os juros correspondem a boa parte do capital de quem financia o veículo. Por essas e outras, é fundamental planejar bem a aquisição do automóvel.
Uma forma fácil e segura de programar a compra é por meio de um consórcio. A principal vantagem desse tipo de compra é que o consumidor não paga juros, o que, por si só, já torna a aquisição do automóvel mais barata. Além disso, o consorciado não precisa dar uma entrada para entrar em um grupo, mas apenas pagar as parcelas mensais.
Com a flexibilidade do mercado, é possível adquirir consórcios para carros zero, seminovos ou usados, com planos que têm diferentes prazos de quitação e valores de prestações dos mais variados, tudo isso para oferecer maior comodidade a quem busca por esse tipo de compra programada.
Embora o consorciado geralmente tenha que esperar um pouco mais para ter a posse do bem, o que acontece a partir da contemplação por sorteio ou por lance, pense: adiar a chegada do veículo até pode ser vantajoso se você levar em conta a economia que vai fazer graças ao não pagamento de juros.
Se a pessoa já tem um seminovo e quer trocá-lo por um zero ou se tem um carro usado e quer substituí-lo por um seminovo, o consórcio cai como uma luva. Afinal, nesse caso, o comprador terá tempo para esperar a contemplação sem deixar de usufruir de um meio de transporte próprio.
Como o automóvel, na maior parte das vezes, sofre bastante com o efeito da depreciação, quanto mais o consumidor economizar, melhor será a relação custo-benefício. Isso porque é praticamente impossível encontrar um comprador disposto a pagar a quantia originalmente dada pelo veículo.
Como você pode notar, não existe uma resposta única quando se trata de comprar um carro seminovo, um zero quilômetro ou um usado. Fatores como capital disponível, necessidade de uso, possibilidade de troca ou venda no futuro, características técnicas, além do próprio gosto do motorista podem influenciar na escolha do modelo ideal.
Seja qual for sua decisão, é importante que ela esteja de acordo com sua situação financeira e seja feita de modo consciente, com o devido conhecimento dos prós e dos contras envolvidos.
Ao se planejar e pesquisar sobre os modelos existentes no mercado e as diversas modalidades de compra, você aumenta suas chances de fazer uma negociação realmente benéfica, da qual não se arrependerá mais tarde. Dessa forma, a compra do tão sonhado carro não pesará no orçamento e você poderá aproveitar os pontos fortes do veículo por muito mais tempo!
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